O maior perigo actual para a democracia portuguesa não é a reles politiquice do PS (adiamento do relatório sobre Pedrógão Grande para depois das autárquicas?), a cegueira ideológica dos parceiros da geringonça ou a escalada extremista do PSD. É a grave crise do jornalismo. Essa crise é global, mas agudiza-se em mercados pequenos e frágeis como o nosso, onde os índices de leitura são insignificantes e o analfabetismo funcional ainda atinge a maioria da população. Na próxima década, o papel seguirá o destino dos dinossauros, e meia dúzia de estruturas multinacionais e verticais, integrando edição, emissão, distribuição, plataformas digitais, electrónica e telecomunicações, controlarão todos os conteúdos.

Caverna

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