Sábado – Pense por si

José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira Professor
14 de abril de 2017 às 08:00

As desculpas insuportáveis dos meninos de Torremolinos

Estes meninos/as agora “finalistas”, se forem para a universidade, vão ser a carne de canhão de uns outros imbecis que se divertem a fazê-los rastejar, comer terra e outras coisas, andar tipo fila de condenados, usar chapéus escatológicos, e gritar umas obscenidades, sob o comando de uns tipos/as vestidos de padres ou de viúvas

Na SIC (não vi outras notícias mas admito que sejam semelhantes), nos jornais, um pouco por todo o lado ouve--se e lê-se um discurso complacente e insuportável sobre o comportamento de um grupo de "finalistas" portugueses num hotel espanhol. Que são "coisas normais numa viagem de finalistas", e as "coisas normais" são "uma parede escrita", "coisas no elevador", o quê não me atrevo a perguntar, "estragos e coisas partidas", nada de especial. O problema é que o hotel pelos vistos "não estava habituado". A polícia espanhola refere azulejos quebrados, uma televisão atirada à banheira, colchões pela janela e extintores despejados. Parece que ninguém viu os colchões atirados pela janela, mas face ao resto que está confirmado é irrelevante. No caso dos extintores, a desculpa era que, como iam para uma festa, atirar jactos de espuma uns aos outros era muito excitante. Tiveram sorte em não provocar nenhum incêndio no hotel.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Cyber Crónicas

É urgente reconhecer a polícia

O descontentamento que se vive dentro da Polícia de Segurança Pública resulta de décadas de acumulação de fragilidades estruturais: salários de entrada pouco acima do mínimo nacional, suplementos que não refletem o risco real da função, instalações degradadas e falta de meios operacionais.