O outro lado de Moedas
Fazemos um retrato de Carlos Moedas, entrevistámos o ministro das Finanças a poucos dias da entrega da proposta de Orçamento do Estado e fizemos uma prova cega com crianças para ver o que elas acham de alimentos sem açúcar
Assim que a vitória de Carlos Moedas em Lisboa foi confirmada, a equipa de política daSÁBADOmobilizou-se para preparar o trabalho que faz capa da revista que tem nas mãos. Era preciso ouvir os amigos mais próximos do futuro autarca, os colaboradores mais fiéis e ainda contar as histórias dos bastidores da noite eleitoral para fazer um retrato completo do homem que acabou de dar um novo fôlego ao centro-direita.
Ministro e bailarino
A poucos dias da entrega ao parlamento da proposta de Orçamento do Estado para 2022, o ministro das Finanças, João Leão, recebeu a jornalista Helena Garrido para uma entrevista de mais de duas horas. A conversa, descontraída e bem-humorada, decorreu na sala do primeiro andar do ministério com uma enorme mesa oval – a mesma dos encontros com a troika – onde o ministro reúne com os colegas com orçamentos mais pesados, como a Educação ou a Saúde. João Leão foi politicamente correto quando questionado sobre os ministros mais difíceis, mas confessou que naquela sala se vivem momentos de maior “emotividade”. Falou também do seu lado mais pessoal, revelando que gosta de dançar, especialmente tango e que até já dançou até em monumentos, integrado nas iniciativas do Tango na Rua.
Prova cega
Com a proibição da venda de alimentos com açúcar nas escolas, a jornalista Sónia Bento organizou uma prova cega para seis rapazes e raparigas entre os 10 e os 16 anos. Na mesa estavam quatro opções de bolos sem glúten e sem açúcar refinado e também produtos “normais” cheios de açúcar. A ideia era perceber qual seria a escolha dos jovens e mostrar às escolas que há opções saudáveis para pôr à venda nas cantinas e nos bares. Conheça os resultados a partir da página 70.
A atleta tardia
Lorene Bazolo interrompeu as férias para dar uma entrevista à SÁBADO e abordar o ano incrível em que, aos 38 anos, bateu os recordes nacionais dos 100 e dos 200 metros. Antes da conversa, contou ao editor-executivo Carlos Torres, como aprendeu português a ver televisão com um dicionário de Português-Francês na mão. Problema: ao início via sobretudo novelas brasileiras e usava expressões como “beleza” e “legau”. Mas lá corrigiu isso e hoje fala português perfeitamente.
Boa semana.
Nove breves notas sobre as eleições europeias
A vitória de Pedro Nuno e Cotrim de Figueiredo, a derrota de Ventura, Catarina Martins e João Oliveira e o truque de Luís Montenegro
Seis notas rápidas sobre os resultados eleitorais
A vitória curta da AD. A queda estrondosa do PS. A noite de glória do Chega. O adulto da sala da esquerda. E o fenómeno dos 100 mil votos num partido inexistente.
Um elogio que soube a poucochinho
Na passagem de testemunho, António Costa não conseguiu melhor do que elogiar a idade de Pedro Nuno Santos. Foi pouco. Mas mostrou, com entusiasmo, que continua longe da reforma
Um Estado doente
Pedro Nuno Santos representa a continuidade de tudo o que está em causa na crise que levou à queda do Governo: a informalidade, a gestão irresponsável dos recursos do Estado, a desvalorização dos comportamentos ou a ocupação pelo PS de cargos no aparelho do Estado.
O cenário negro
E se nos cinco meses até à eleição e tomada de posse do novo governo o Supremo Tribunal de Justiça arquivar o inquérito a António Costa?
Edições do Dia
Boas leituras!