Na ronda pelos jornais, encontro o episódio da acusação, por parte do Ministério Público, de violência policial com motivações racistas. Leio, noDiário de Notícias, a entrevista a Celso Lopes e Flávio Almada, dois dos seis homens que apresentaram queixa-crime por tortura na esquadra de Alfragide. Sigo as suas palavras. Flávio diz a certa altura: "É preciso não esquecer que Portugal tem toda uma geração de origem africana, que nasceu cá e não tem nacionalidade portuguesa. E onde estão representados no parlamento, nas autarquias? Quando nem no discurso se é incluído, está tudo dito." O assunto passa da cruel violência para a marginalização antiga e evidente. Com pertinência.

Cidade dos planetas

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