Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
11 de abril de 2019 às 05:30

Uma nomeação quase cómica

Governo nomeou para secretário de Estado do Ambiente ex-juiz que ajudou a liquidar a investigação do Apito Dourado e que avisou Rui Rio antecipadamente sobre a realização de buscas. E que não tem currículo em questões ambientais. Dá vontade de rir, para não chorar

Anomeação do presidente da câmara da Figueira da Foz para secretário de Estado do Ambiente é quase cómica. O ex-juiz e ex-diretor-adjunto da PJ no tempo de Adelino Salvado ficou conhecido por péssimas razões. Liquidou a investigação do Apito Dourado, ao participar no ataque montado pelo Governo de Durão Barroso, com a conivência da direção da PJ, contra os dois coordenadores do processo, Teófilo Santiago e Massano de Carvalho, bem como contra o juiz Artur Oliveira, à época a liderar a PJ do Porto. Face ao incómodo de Durão Barroso com as notícias sobre as conversas de Valentim Loureiro, então vice-presidente do PSD, com os seus secretários de Estado, sobretudo Miguel Relvas e José Luís Arnaut, quis saber o que existia no processo. Os investigadores, pressionados pela própria direção, não disseram nada, foram demitidos e despachados como oficiais de ligação para Cabo Verde e Lyon.

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