Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
08 de agosto de 2019 às 05:30

O Alentejo no fio da navalha

As autoridades estimam que vivam no concelho de Odemira cerca de 8 mil imigrantes, oriundos de 68 nacionalidades, maioritariamente da Ásia, mas, na verdade, ninguém sabe muito bem quantos são.

O litoral alentejano é hoje a mais problemática fronteira migratória que enfrentamos. As autoridades estimam que vivam no concelho de Odemira cerca de 8 mil imigrantes, oriundos de 68 nacionalidades, maioritariamente da Ásia, mas, na verdade, ninguém sabe muito bem quantos são. O surto migratório, que começou há quase 10 anos, teve por base a contratação de mão de obra pelas empresas que produzem frutos vermelhos em estufa. Esta realidade, porém, há muito que está ultrapassada. Se é certo que se verifica, no essencial, uma convivência pacífica entre imigrantes e portugueses, e que têm vindo a crescer sinais de confiança recíproca, através da contratação de mão de obra fora do universo das ditas empresas, as notícias dos últimos tempos não são as melhores.

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