Aantónio Costa sempre fez do pragmatismo negocial uma das suas principais qualidades políticas. A constituição da geringonça e a capacidade de a manter é a maior prova disso. O Orçamento do Estado para 2018 é a segunda peça mais decisiva desse estilo, que consagra em pleno os dois anos de Governo. Costa foi distribuindo à sua esquerda, com Centeno a fazer contas e a ranger os dentes, é certo, mas sem conseguir travar o instinto de sobrevivência do primeiro-ministro. Com tanta distribuição, Costa visou acalmar o PCP, saciar a avidez do BE, recuperar a sua própria popularidade, beliscada com a incompetência mostrada nos incêndios, em Tancos e na extraordinária transferência do Infarmed para o Porto.

Do Infarmed às perguntas “científicas” ao Governo

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