Sábado – Pense por si

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima Grande Repórter
08 de novembro de 2018 às 09:00

Greve e legitimidade dos juízes

As genéricas estatísticas revelam que a magistratura judicial tem mais galácticos do que o Real Madrid. Quase 90% são “Muito Bons”. Devemos ficar satisfeitos com isto ou reclamar dados concretos sobre as avaliações e promoções de quem exerce um cargo “em nome do Povo”?

A história, segundo é contada, terá sido assim: durante o Período Revolucionário Em Curso (PREC), no antigo Tribunal da Boa Hora, em Lisboa, terá decorrido uma reunião entre juízes e militares. A certa altura, um dos revolucionários perguntou: "De onde vem a legitimidade dos juízes?" A pergunta, obviamente revolucionária, terá provocado um sobressalto na classe dos magistrados, para quem tal discussão estava mais do que ultrapassada. Quarenta e quatro anos depois, os juízes, em coerência, continuam a pensar o mesmo, mas o facto é que a questão está tudo menos ultrapassada, ainda por cima quando o direito à greve é reclamado por titulares de um órgão de soberania.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.