Sábado – Pense por si

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima Grande Repórter
10 de janeiro de 2019 às 09:00

A normalidade da loucura

Marcelo Rebelo de Sousa tem um importante desafio à sua frente: pacificar a sociedade civil virtual. Para isso, o Presidente deveria telefonar a Manuel Luís Goucha e anunciar, em direto, que pretende receber Mário Machado numa audiência no Palácio de Belém

Manuel Alegre escreveu que "há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não". Poeta com esperança, Alegre procurou nas palavras o ato de revolta contra um sistema instalado num País em que o vento preferia "calar a desgraça", nada dizer, quando questionado sobre as últimas novidades. Para bem da sua sanidade mental, é bom que Alegre não insista. Se os versos do poeta fizeram todo o sentido naquela infeliz época da História de Portugal, a evocação do poema nos dias que correm só nos pode conduzir a uma gargalhada ou à depressão como o melhor remédio para combater a alucinação coletiva que por aí anda.

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.