A palavra “servir” não ajuda os fracos de educação, porque se aproveitam dela e transformam-na num trunfo para reinar. Sentem que se estão a ser servidos, é por- que alguma coisa fizeram para o merecer; logo, acham que chegou o tempo de fazerem-se valer desse poder. Que não basta serem servidos, têm de lhes escovar o pêlo e beijar os pés. Acontece que um empregado de mesa é um cliente que por acaso está a trabalhar.
PODE-SE TIRAR as medidas a uma pessoa sem que ela desconfie. É um exercício que nos acontece, não é algo que tenhamos de forçar muito a atenção para conseguir. Às vezes aprendemos mais sobre alguém quando estamos a vê-la em silêncio, do que quando estamos a ouvi-la falar. Quando se fala consegue-se manobrar a personalidade, porque conseguimos ajustar o discurso a quem nos ouve. Dizemos o que queremos que seja ouvido, sorrimos consoante o que o momento pede, tornamos grave a cara quando sentimos que é apropriado, e escapamos de nós próprios por um triz. Em silêncio há olhares e gestos que fazemos sem nos darmos conta, e que nos traem sem que saibamos que estamos a fazer parte dessa traição. São pequenas subtilezas que se infiltram e que deixam uma marca discreta mas de contornos grossos. Ainda assim, há momentos em que tudo o que treinámos serve de pouco, e aquilo que somos se sobrepõe à máscara que se confundia com a nossa cara.
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A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"