Sábado – Pense por si

Alberto Gonçalves
Alberto Gonçalves
10 de maio de 2016 às 08:00

Táxis e emolumentos

Não se pode é dar possibilidade de escolha ao reles cidadão, que na sua ignorância é capaz de preferir a deplorável eficácia dos marginais da Uber às sadias manigâncias dos filiados na Antral

A fim de acompanhar a modernidade, no passado sábado utilizei pela primeira vez a Uber. A (excelentíssima) aplicação no telemóvel informou-me com rigor do (pouquíssimo) tempo de espera e da (baixíssima) tarifa. O carro estava limpo. O condutor também, além de ser educado, de apontar ao destino sem desvios pitorescos e de nem por uma ocasião manifestar vontade de exterminar turistas, pretos, mulheres, chineses ou anões. O rádio não transmitia aquela típica mistura de cançonetismo indígena, estática e pedaços de frases que nem Alan Turing descodificaria ("rua... ao alto... da Fonseca... o viaduto não... dos frangos... viatura à espera... 415... causa da chamada..."). A factura chegou poremailnum ápice. A Uber é uma vergonha e um ultraje: para mim, morreu.

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