AMonoclelembra-me a actriz Ashley Judd: bonitinha no invólucro, maluquita no conteúdo. No último número, a revista dedica 64 páginas de louvores a Portugal e conclui sermos "uma nação orgulhosa e pronta para o investimento". A parte do orgulho nem comento. A parte do investimento também não, e deixo o comentário à FEE, Foundation for Economic Education, que fez as contas ao fisco e concluiu sermos, ao lado da Bélgica e depois da Suécia, o segundo lugar do Ocidente onde quem manda mais castiga a iniciativa de quem obedece e melhor constrange o sucesso económico. Em 2016, pagámos 34,7% do PIB em contribuições e impostos, proeza que bateu o recorde anterior e projecta um futuro radioso. O nome não mente: aMonocleé um bocado zarolha.

Em terra de zarolhos

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