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Coimbra é hoje uma lição de desumanização da cidade. O encerramento da Estação Central, escassos dias depois de o The New York Times elogiar a "alma" da cidade, é exemplo paradigmático disso mesmo.
Na década de 1950, Amália cantava: «Coimbra é uma lição/De sonho e tradição». Três quartos de século depois, a tradição foi mercantilizada e o sonho transformou-se num modernismo bacoco. Embora mais tarde do que as duas metrópoles nacionais, também Coimbra entrou numa espiral de gentrificação e "turistificação". Também a velha capital do Reino se transformou num produto para ser consumido lá fora, toda ela "very typical", amalgamando num mesmo pacote o fado, os estudantes, D. Pedro e Inês, o Airbnb e o brunch do meio-dia. Muito se podia dizer sobre a crescente dualidade entre a cidade dos turistas e a cidade dos cidadãos, mas um resumo exemplar pode ser retirado de dois eventos que marcaram o início do novo ano. A primeira semana de 2025 ficou marcada pelas notícias que davam conta de que o The New York Times havia eleito Coimbra como um dos 52 destinos a visitar no ano que agora se inicia. O periódico estadunidense descreve a cidade como "bastião da tradição" que tem sido poupado às multidões que invadem Lisboa e Porto. Escassos dias depois, Coimbra voltava a merecer a atenção dos meios de comunicação social nacional, reportando o anunciado encerramento definitivo da estação ferroviária central – a estação de Coimbra A. Desde dia 12 de janeiro, a ligação ferroviária à cidade faz-se exclusivamente à estação de Coimbra B, localizada às portas da cidade. O transporte dali para o centro passa agora a ser feito por autocarro.
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