Sábado – Pense por si

António Araújo
António Araújo
30 de outubro de 2016 às 08:00

Cidadãos do mundo

Os fenómenos que por aí se veem, Brexit, Trump, Putin e tantos outros, representaram a vitória do saudosismo sobre o progresso, o querer cortar com a modernidade, o refúgio nos discursos mais fáceis – os discursos da demagogia, esse reduto da ignorância, sempre vazio de ideias, sempre apegado ao passado.

Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, disse num discurso, há tempos: "Se és um cidadão do mundo, és um cidadão do nada". A frase era simbólica porque sintetizava, na perfeição, o pensamento do Brexit: as fronteiras fechadas, o populismo xenófobo, o nacionalismo antieuropeísta. Um pensamento que não se circunscrevia a além-Mancha, estendendo-se à Europa e à América, e que nos revelava essa triste verdade de que o mundo, em 2016, está pior do que queríamos pensar. 

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