Bastidores: O valor do cartão rosa
Mostramos como o cartão partidário continua a ser preponderante nas nomeações na Segurança Social, conversámos com o filósofo Desidério Murcho sobre a intolerância que grassa no debate público e contamos histórias de amor desconhecidas
Para perceber se o cartão partidário continuava a ter influência nas nomeações governamentais, a editora executiva Maria Henrique Espada foi olhar para as mudanças na estrutura da Segurança Social em todo o País. E, nos contactos que fez, várias pessoas manifestaram a sua incompreensão pelo interesse jornalístico no tema: é que para quem está dentro do sistema, as alterações em função da cor partidária não causam estranheza. "Claro, fui despedida, mas também não estava à espera de outra coisa", admitiu uma diretora-regional que tinha sido nomeada pelo governo PSD-CDS. Mas é exatamente esse o motivo de interesse: apesar de todas as promessas políticas de isenção, a verdade é que o cartão partidário ainda pesa na hora de nomear. Como se pode ver neste que é a primeira parte de um trabalho que continua nas próximas semanas.
A comunicação tóxica
Nem de propósito, na conversa com a subeditora Vanda Marques, o filósofo Desidério Murcho defende que a sociedade só funciona com um sistema de incentivos e conclui que "os políticos contemporâneos não têm nenhum incentivo para serem competentes". Determinante na avaliação que faz do mundo em que vivemos é também o ambiente tóxico que tomou conta do debate público – no qual se tornaram constantes os insultos, as tentativas de parecermos cultos ou superiores aos outros e de massacrá-los com as nossas opiniões. No meio de tanta gritaria, sabe bem ouvir uma voz que defende a tolerância e o diálogo contra o extremismo.
Histórias de amor
Nas vésperas do dia de São Valentim, a jornalista Sónia Bento conta-lhe as histórias de amor por trás dos relacionamentos de famosos. A atriz Paula Lobo Antunes, por exemplo, conheceu Jorge Corrula nas filmagens de uma curta-metragem há 16 anos e irritou-se com ele logo no primeiro dia. Júlio Isidro disse à atual mulher, Sandra, que queria casar com ela "com aliança, filhos e tudo" no carro. Já Sónia Tavares recorda que com ela e Fernando Ribeiro, líder dos Moonspell, foi tudo à moda antiga. E Júlia Pinheiro confessa que no dia em que foi apresentada a Rui Pêgo o achou a pessoa mais desagradável que já conhecera. Histórias para ler a partir da página 60.
Boa semana.
Os portugueses que não voltaram
Com a fuga de Angola, há 50 anos, muitos portugueses voltaram para cá. Mas também houve quem preferisse começar uma nova vida noutros países, do Canadá à Austrália. E ainda: conversa com o chef José Avillez; reportagem numa fábrica de oxigénio.
Atrasar a demência
Os casos de demência deverão triplicar até 2050. Mas é possível prevenir muitos casos. E com coisas simples. Afinal, conversar com os amigos gera mais neurónios do que fazer Sudokus.
Os traficantes de escravos portugueses
Os portugueses que fizeram fortuna com o tráfico de escravos. E ainda: jovens viciados em videojogos; três dias ao telefone com Jorge Corrula
As histórias de Balsemão
Em 88 histórias (tantas quantos os anos de vida), traçamos o retrato de Francisco Pinto Balsemão. E ainda: violência e assédio sexual; pessoas que sofrem com a Covid longa.
Eternamente jovens
Já ninguém esconde os liftings e o botox, a procura pelo rosto perfeito nunca foi tão voraz. Conheça ainda o passado de Sócrates e os candidatos ao Benfica.
Edições do Dia
Boas leituras!