Tropas afegãs libertam 59 reféns de uma prisão talibã em Helmand

Os prisioneiros foram resgatados durante uma operação lançada na última noite no distrito de Nahr-e-Seraj, graças a informações facultadas pela população local, e foram transportados para uma base aérea da província, informou hoje o ministério da Defesa, num comunicado.

A missão da Nato no Afeganistão indicou, numa outra nota, que as forças dos EUA apoiaram a operação com "limitada" informação dos serviços secretos e com a ajuda na sua planificação, mas assegurou que não estiveram presentes no terreno.

O chefe de comunicação do ministério da Defesa, Mohammad Ishaq Paiman, detalhou que a ofensiva decorreu durante quatro horas nas imediações da prisão e que os talibãs sofreram baixas, sem adiantar um balanço concreto.

Os prisioneiros libertados, entre os quais 37 soldados e sete polícias, estão a receber tratamento, segundo Paiman.

Os insurgentes avançaram em Helmand nos últimos meses, chegando a controlar temporariamente uma zona da capital, Lashkargah, e há duas semanas as autoridades locais advertiram que a província estava prestes a cair nas mãos dos talibãs.

O porta-voz da Defesa assegurou que, "em geral", a situação melhorou desde então, já que as tropas afegãs desenvolveram várias operações nos distritos da província e nos arredores da capital, com que infligiram um grande número de baixas aos talibãs.

Numa dessas demarcações administrativas, o estratégico Sangin, que foi tomado pelos insurgentes no passado dia 20 de Dezembro e recuperado pelas forças afegãs dois dias depois, lançaram-se na última semana pelo menos três operações, que causaram a morte a 41 talibãs, segundo a mesma fonte.

A operação da última noite em Nahr-e-Seraj é a segunda que ocorre em um mês para libertar prisioneiros em Helmand, depois de as tropas terem resgatado, no início de dezembro, cerca de 60 pessoas de uma prisão talibã.

A presença do grupo de insurgentes não cessou nos últimos 14 anos, nem após a invasão norte-americana em 2001, em Helmand, província que produz metade do ópio no Afeganistão, uma das maiores fontes de financiamento do grupo.

Nos últimos meses, os talibãs aumentaram a sua presença em várias áreas do país e, em finais de Setembro, tomaram temporariamente a cidade nordeste de Kunduz.

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