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Temer nega ter mandado investigar juiz do Supremo

13 de junho de 2017 às 19:16

O presidente do Brasil disse que não interfere no trabalho do poder judiciário do país

O presidente do Brasil, Michel Temer, negou ter mandado investigar um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que não interfere no trabalho do poder judiciário do país.

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Foto: Joédson Alves/EPA
Foto: Fernando Bizerra Jr./EPA
Foto: Joédson Alves/EPA
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

"Eu não interfiro e nunca permitirei que haja a interferência de um poder no outro (…) Nas democracias modernas, nenhum poder impõe sua vontade sobre o outro", afirmou o chefe de Estado num vídeo publicado nas redes sociais na noite de segunda-feira.

A afirmação do presidente surge em resposta a um artigo publicado pela revista brasileira Veja que citou uma fonte não identificada segundo a qual o Governo pediu que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) procurasse informações contra o juiz Edson Fachin, do STF.

Edson Fachin foi o responsável pela autorização do início de uma investigação contra Michel Temer, após a revelação de uma gravação comprometedora contra ele entregue por executivos da empresa JBS.

Esta investigação visa apurar se Michel Temer aceitou suborno e foi cúmplice do crime de obstrução da Justiça, acusações que se forem comprovadas podem resultar num pedido de destituição.

Enquanto nega qualquer interferência no poder judiciário, o Presidente brasileiro ressaltou que o papel da Justiça é vigiar o país para que ele se mantenha no caminho da democracia.

Foi a primeira declaração de Michel Temer após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o absolver num processo contra a coligação que ele dividiu com a ex-presidente Dilma Rousseff

Ambos foram absolvidos no TSE da acusação de que haviam cometido os crimes de abuso de poder político e económico nas últimas presidenciais de 2014.

As declarações do Presidente brasileiro aconteceram no mesmo dia em que seu principal aliado político, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), anunciou que continuará a apoiar o seu Governo.

O PSDB tem quatro ministros no Governo, e disse que manterá seu apoio porque defende as reformas de austeridade implementadas para tentar tirar o Brasil de uma profunda crise económica.

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