Queixosa sueca "chocada" com abandono de processo contra Assange
A sueca que acusa Julian Assange de violação declarou-se "chocada" e considerou "um escândalo" a decisão de abandonar o processo contra o fundador do WikiLeaks
A sueca que acusa Julian Assange de violação declarou-se "chocada" e considerou "um escândalo" a decisão da procuradoria sueca de abandonar o processo contra o fundador do WikiLeaks, mantendo as acusações, afirmou esta sexta-feira a sua advogada.
"É um escândalo que um presumível violador possa escapar à justiça e assim evitar os tribunais. Existem provas neste caso e estas provas deveriam ser analisadas durante um julgamento", declarou a advogada Elisabeth Fritz numa mensagem de correio electrónico dirigida à agência France-Presse.
"A minha cliente está chocada e nenhuma decisão (...) pode alterar o facto de que Assange a violou", adiantou.
Esta queixosa, com cerca de 30 anos na altura dos factos, espera há cerca de sete anos que o australiano de 45 anos seja acusado.
A procuradoria da Suécia anunciou que abandona o processo por violação contra Assange, mas a procuradora Marianne Ny recusou pronunciar-se sobre a culpa ou inocência do fundador do WikiLeaks.
A procuradora explicou que o arquivamento se deve à falta de qualquer perspectiva de vir a conseguir a extradição de Assange, pelo que foi igualmente decidido revogar o mandado de detenção europeu de que é alvo.
A procuradoria da Suécia indicou, no entanto, que o processo pode ser reaberto até à prescrição do delito, em 2020.
Foi esta sexta-feira lembrado que Assange ainda é procurado por ter faltado a um julgamento e que se pisasse solo britânico seria preso.
O advogado que representa o fundador do Wikileaks, Juan Branco, informou que este procurava asilo político em França, sem especificar como o seu cliente pretende chegar a território francês sem ser detido.
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