EUA, Reino Unido e França lançam ataque à Síria
Trump diz que os EUA, com o auxílio do Reino Unido e da França, começaram "ataques de precisão" contra alvos associados com o programa de armas químicas.
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido lançaram uma ofensiva com mísseis contra a Síria, especificamente alvos associados com o programa de armas químicas do regime de Bashar al-Assad.
Segundo o presidente dos Estados Unidos, esta acção militar serve para "punir" os ataques químicos "monstruosos" alegadamente levados a cabo pelo regime de Damasco. "Dei ordens às Forças Armadas dos EUA para lançarem ataques de precisão contra alvos relacionados com os armamentos químicos do ditador sírio Bashar al-Assad", disse, numa conferência de imprensa às televisões norte-americanas.
Tal resposta do presidente norte-americano surge após os alegados ataques químicos realizados esta semana, em Douma, cuja autoria foi atribuída pelo Ocidente ao regime de Bashar al-Assad. Morreram pelo menos 75 pessoas e outras 500 ficaram feridas nesse ataque.
Trump garantiu, igualmente, que os EUA estão preparados para continuar os seus esforços de guerra até que o regime sírio deixe de usar armas químicas.
O Presidente dos EUA não deu mais detalhes sobre a ofensiva mas, segundo os media internacionais, há navios de guerra norte-americanos no Mar Mediterrâneo, armados com mísseis e prontos a atacar. As forças aliadas também já estão posicionadas.
Theresa May e Macron confirmam ofensiva
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, também já confirmou o ataque e o envolvimento britânico. O mesmo foi justificado por não haver "alternativa praticável ao uso da força".
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou, igualmente, a participação das forças francesas, dizendo que o seu país não podem "tolerar a banalização do uso de armas químicas".
Os três garantiram, nos seus comunicados, que não querem mudar o regime, mas sim assegurar que Bashar al-Assad não usa mais armas químicas contra vítimas inocentes. Trump assegurou mesmo que "a América não procura uma presença por tempo indefinido na Síria", país onde o exército norte-americano já dispõe de cerca de duas mil tropas, a trabalhar diretamente com os curdos contra o Daesh.
Trump deixa recado a Moscovo
O Presidente dos EUA aproveitou a conferência de imprensa para avisar a Rússia, que tem vindo a culpar pelo seu alegado auxílio ao regime implementado na Síria. "Que nação quer estar associada a um homicídio em série de homens, mulheres e crianças inocentes?", questionou Trump.
Explosões ouvidas em Damasco
Desconhece-se, para já, quais os danos em terreno sírio, bem como se existem vítimas a lamentar.
No entanto, as primeiras imagens das explosões já começaram a chegar às redes sociais.
Segundo fontes citadas pela Agência Reuters, perto das 03h00 da manhã (hora de Lisboa), tinham sido confirmadas pelo menos seis explosões na capital síria, Damasco.
Já a televisão estatal garantiu que as defesas aéreas sírias estavam a lutar contra as forças norte-americanas, britânicas e francesas.
#AGORA
Sirene soando na capital da #Síria para alertar população para os mísseis disparados contra #Damasco pic.twitter.com/bxuvZkDigW
Recorde-se que o ataque químico que despoletou esta ofensiva aconteceu a 7 de abril, em Douma, fazendo inúmeras vítimas.
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