Desemprego nos EUA atinge níveis da Grande Depressão de 1929
A taxa de desemprego no país atingiu 14,7% em abril, quando se perderam 20,5 milhões de empregos devido às medidas para conter a pandemia.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos atingiu 14,7% em abril, quando se perderam 20,5 milhões de empregos devido às medidas para conter a pandemia de covid-19. Como avança o New York Times, a taxa de desemprego no país é a maior desde os anos da Grande Depressão de 1929.
De acordo com o Departamento do Trabalho norte-americano, os 20,5 milhões de empregos que desapareceram em abril estabelecem um nível recorde. Em comparação, nos dois anos da crise financeira mundial que começou em 2008 tinham sido destruídos 8,6 milhões postos de trabalho.
Durante a Grande Recessão de 2009, a taxa de desemprego nos Estados Unidos atingiu 10,1%.
"O emprego caiu fortemente em todos os principais setores, com perdas mais significativas em particular nos setores da hotelaria e lazer", precisa o comunicado do Departamento do Trabalho.
Em fevereiro, a taxa de desemprego tinha ficado em 3,5%, em março atingiu 4,4% e agora disparou para 14,7%, o nível mais alto desde junho de 1940.
Apesar de serem maus, os números do desemprego ficaram abaixo do esperado pelos analistas, que apontavam para uma taxa de 16% ou 20% e antecipavam 28 milhões de empregos perdidos.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou no canal Fox News que recebeu estes números "sem surpresa".
Abril é o primeiro mês a refletir a dimensão da crise causada pela covid-19 na maior economia mundial, uma vez que as medidas de confinamento começaram a ser adotadas em meados de março, tendo aumentado gradualmente ao longo da segunda quinzena desse mês nos Estados Unidos.
Restaurantes, cafés e lojas tiveram então de fechar portas, o mesmo acontecendo com as escolas.
Nas últimas sete semanas, o número de novos inscritos para subsídios de desemprego atingiu 33,5 milhões, quando antes da crise a média semanal ficava entre 200 mil e 250 mil.
A pandemia de covid-19 fez mais de 75 mil mortos nos Estados Unidos, com mais de 1,2 milhões de infetados, de acordo com uma contagem da universidade Johns Hopkins.
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