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Covid-19: Doença despertou para "delírio da omnipotência"

10 de abril de 2020 às 22:44

Papa Francisco celebrou a Paixão de Cristo na Basílica de São Pedro, com a homilía, conduzida pelo padre Raniero Cantalamessa, a ficar marcada pela pandemia da doença covid-19.

O Papa Francisco celebrou hoje a Paixão de Cristo na Basílica de São Pedro, no Vaticano, com a homilía, conduzida pelo padre Raniero Cantalamessa, a ficar marcada pela pandemia da doença covid-19.

"A pandemia do coronavírus despertou-se bruscamente para um perigo ainda maior que sempre existiu na Humanidade: O delírio da omnipotência", afirmou o padre da Casa Pontifícia, na homilía passcal.

A cerimónia começou com o Papa Francisco prostrado por alguns minutos, num sinal de humildade, no chão da Basílica de São Pedro, praticamente vazia por causa das medidas de contenção da covid-19, seguindo-se a homilía de Raniero Cantalamessa.

O padre franciscano recordou que "bastou o mais pequeno elemento da natureza, um vírus", para que a Humanidade recordasse que é mortal e que a "potência militar e tecnológica" é insuficiente para a salvar.

"O vírus não conhece fronteiras. Num instante derrubou todas as barreiras e diferenças: De raça, de religião, de identidade, de poder. Não devemos recuar quando este momento tiver passado. Não deixemos que tanta dor, tantos mortos, tanto gesto heróico seja em vão", disse.

Hoje à noite, o Papa celebrará ainda a Via Sacra na Praça de São Pedro, acompanhado de um grupo de cinco reclusos, de uma prisão de Pádua, e de cinco médicos e enfermeiros do Vaticano.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou a morte a mais de 100 mil pessoas e infetou mais de 1,6 milhões em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, mais de 330 mil são considerados curados.

O continente europeu, com mais de 857 mil infetados e mais de 70 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 18.849 óbitos, entre 147.577 casos confirmados até hoje.

Os Estados Unidos são o segundo país com maior número de mortes, registando 17.925, e aquele que contabiliza mais infetados (475.749), enquanto ao Espanha tem 15.843 óbitos, entre 157.022 casos de infeção confirmados até hoje.

Além de Itália, Estados Unidos e Espanha, os países mais afetados são França, com 13.197 mortos (125.930 casos), Reino Unido, 8.958 mortos (70.783 casos), Irão, com 4.232 mortos (68.192 casos), China, com 3.336 mortos (81.907 casos), e Alemanha, com 2.373 mortes (113.525 casos).

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