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Chile estende estado de emergência à região de Valparaíso

20 de outubro de 2019 às 09:09

Ruas da capital, Santiago do Chile, e de outras regiões têm sido palco de violentos protestos que começaram contra a subida do preço do bilhete de metro - medida entretanto suspensa.

O aumento do preço do bilhete do metro em Santiago do Chile foi o gatilho para se iniciarem violentos protestos na capital chilena. Na manhã de sábado, o Governo do Chile decretou estado de emergência que se estendeu na noite deste sábado à região de Valparaíso.

"A partir das 00:00 (02:00 de domingo em Lisboa), é estabelecido um toque de recolher até as 07:00 (09.00 em Lisboa) na região de Valparaíso", disse o comandante-chefe da primeira zona naval. De la Maza observou ainda que os territórios insulares da Ilha de Páscoa e Juan Fernández, dependentes administrativamente da região de Valparaíso, estão excluídos dessas medidas excepcionais de segurança. Os tumultos em Valparaíso começaram neste sábado como uma replica do que aconteceu na capital do Chile.

Embora o Presidente do Chile, Sebastián Piñera, já tenha anunciado a suspensão do aumento dos preços do metro de Santiago do Chile, tanto na capital do país, em Valparaíso, Concepción e outras cidades do Chile, como Iquique (norte), houve destruição urbana e confrontos entre polícia e manifestantes.

O chefe da Defesa anunciou que vai enviar hoje mais 1.500 soldados nas primeiras para controlar a situação. Com este aumento, um total de 9.441 membros das Forças Armadas estão destacados na Região Metropolitana.

Os protestos populares provocaram nos dois dias incêndios ou danos graves em dezenas de estações de estações do metro, assim como em numerosos autocarros dos transportes públicos. Os primeiros protestos contra a decisão de subida de preços decretada pelo Governo ocorreram de forma pacífica na segunda-feira e com o passar dos dias foram subindo de intensidade até se radicalizarem a partir de sexta-feira.

Três mortos em incêndio em supermercado

Um incêndio num supermercado no sul de Santiago do Chile na noite de sábado, durante os protestos contra o aumento do preço do bilhete de metro, provocou a morte a três pessoas, anunciaram este domingo as autoridades.

"A polícia e os bombeiros encontraram dois corpos queimados e outra pessoa em péssimo estado, tendo sido transferidos para um hospital e infelizmente morreram", disse a prefeita da Região Metropolitana de Santiago do Chile, Karla Rubilar.

As autoridades acrescentaram que os corpos foram encontrados quando o fogo foi extinto no supermercado da comuna de San Bernardo, causado durante a noite deste sábado no meio dos tumultos, incêndios e saques que ocorreram em Santiago do Chile e outras cidades do país.

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