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Boris Johnson pede à UE um Brexit "que funcione para ambas as partes"

06 de outubro de 2019 às 13:00

Primeiro-ministro britânico pediu a Bruxelas para “aproveitar oportunidade” e insistiu que o Reino Unido sai da União Europeia em 31 de outubro.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu este domingo a Bruxelas que "aproveite a oportunidade" oferecida pela sua nova proposta e insistiu que o Reino Unido sai da União Europeia em 31 de outubro, com ou sem acordo.

A proposta de Johnson, apresentada na quarta-feira, visa ultrapassar o impasse em relação à fronteira irlandesa, mas os 27 acolheram-na com ceticismo, apontando que ela contém aspetos "problemáticos".

Num artigo publicado hoje no Sunday Express e no Sun on Sunday, dois jornais pró-‘Brexit’, Boris Johnson afirma que a proposta se traduz num "compromisso prático" de Londres e pede à UE que faça o mesmo.

"Digo aos meus amigos europeus: aproveitem a oportunidade que as nossas novas propostas oferecem. Juntemo-nos à mesa das negociações num espírito de compromisso e de cooperação. E realizemos um ‘Brexit’ que funcione para ambas as partes", escreveu o primeiro-ministro conservador.

"Depois de décadas de campanha, três anos de argumentos e, ao que tudo indica, meses intermináveis de adiamento inútil, faltam 25 dias para o Reino Unido deixar de ser membro da UE. Vamos fazer as malas e sair em 31 de outubro. A única questão é se Bruxelas se despede alegremente de nós com um acordo agradável para ambas as partes, ou se seremos forçados a caminhar sozinhos", afirmou.

Do lado europeu, a mensagem é que a bola está do lado de Londres, o que foi reiterado hoje pelo principal negociador da UE para o ‘Brexit’, Michel Barnier.

"Se não mudarem, não acredito, tendo em conta o mandato que me foi dado pelos 27, que possamos avançar", disse Barnier num debate organizado sábado à noite pelo jornal Le Monde.

O negociador frisou que, se o Reino Unido quer seriamente chegar a acordo, tem de apresentar "novas propostas" esta semana e, nesse caso a UE estará preparada para negociar.

"Quero ser extremamente claro. Um não-acordo nunca será uma escolha da Europa. […] Seria sempre uma escolha do Reino Unido. Estamos preparados para isso, tomámos medidas para proteger os nossos cidadãos e as nossas empresas, mas não o queremos", afirmou.

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