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Birmânia encerra todas as escolas devido a novo surto de Covid-19

28 de agosto de 2020 às 10:31

Na quinta-feira, as mais de 6 mil escolas secundárias do país que obtiveram permissão para reabrir as suas portas no dia 21 de julho foram fechadas. Centros de educação primária ainda não iniciaram o ano letivo.

A Birmânia decidiu encerrar todas as escolas secundárias do país na sequência de um novo surto de Covid-19 nos últimos dias, após adiar indefinidamente o início das aulas para escolas primárias.

"Como alguns alunos tiveram resultados positivos [covid-19], o comité nacional [de educação] decidiu não proceder conforme o planeado", disse hoje Ko Lay Win, diretor-geral do Departamento de Educação, à agência de notícias espanhola Efe.

O responsável disse que todas as decisões foram tomadas seguindo as recomendações do Comité Central criado para lidar com a pandemia.

A Birmânia, que contabiliza 628 novas infeções pelo novo coronavírus e seis mortes entre os seus 53 milhões de habitantes, parecia ter mantido a pandemia sob controle.

Contudo, foi registado um aumento de casos, em especial no estado oriental de Rakhine, na fronteira com Bangladesh, onde na quinta-feira foi imposta uma quarentena.

Na quinta-feira, as mais de 6.000 escolas secundárias do país que obtiveram permissão para reabrir as suas portas no dia 21 de julho, com mais de um mês de atraso, foram fechados, enquanto os centros de educação primária ainda não iniciaram o ano letivo, que na Birmânia normalmente começa no início de junho e termina no final de fevereiro.

O encerramento de escolas afeta um total de cerca de 16 milhões de alunos em idade escolar, segundo dados da UNESCO, e foi recebido com preocupação por muitos pais birmaneses.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 826 mil mortos e infetou mais de 24,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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