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Austrália vai lançar réplica do navio que conduziu James Cook ao Pacífico

22 de janeiro de 2019 às 12:31

Réplica do Endevour, que conduziu James Cook à Austrália e Pacífico, irá navegar pelo país entre 2020 e 2021 para comemorar o 250.º aniversário da "jornada histórica".

Uma réplica do navio "Endevour", que conduziu o britânico James Cook à Austrália e Pacífico, irá circumnavegar o país entre 2020 e 2021, para comemorar o 250.º aniversário daquela "jornada histórica", anunciou hoje o Governo australiano.

"Com a aproximação do 250.º aniversário, queremos ajudar os australianos a entender melhor a jornada histórica do capitão Cook e o seu legado na exploração, ciência", sublinhou o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, em comunicado.

A viagem de James Cook ao então desconhecido Pacífico teve início em 1769.

A iniciativa terá o custo de cerca de 4,7 milhões de dólares (4,2 milhões de euros) e faz parte de um pacote governamental de 34,8 milhões de dólares (30,6 milhões de euros) para comemorar a jornada que culminou em 1771.

"Esta viagem é a razão pela qual a Austrália é o que é hoje. É importante que aproveitemos a oportunidade para refletir sobre ela", acrescentou Morrison.

James Cook desenhou o primeiro mapa da costa leste da Austrália, mas as suas explorações e observações também estão associadas à expropriação de terras aborígines, já que o navegador declarou o território como "Terra nullius" (terra de ninguém), para reivindicá-lo em nome da coroa britânica.

Morrison fez o anúncio na véspera do Dia da Austrália, que comemora a chegada da primeira frota britânica a Sydney, em 1788, mas que o povo aborígene associa à perda das suas terra e cultura, assim como à discriminação e abuso a que foi sujeito.

Dias antes, o governante anunciou um plano para forçar a celebração deste dia, depois de vários municípios se recusaram a fazê-lo em solidariedade com os aborígines.

Desde a colonização, os povos indígenas têm sido vítimas de constantes maus-tratos, desapropriação de suas terras e discriminação sistemática.

De acordo com a agência EFE, a população aborígine representa três por cento de uma população de mais de 22 milhões de pessoas, sendo que a maioria vive na pobreza, em áreas remotas ou empobrecidas, e com renda familiar de apenas 62 por cento da média nacional.

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