Atropelamento de Liverpool. Condutor encontrava-se sob efeito de drogas

Várias testemunhas afirmaram que o condutor se encontrava "agitado" e "sob um forte estado emocional". 
Um agente da polícia referiu que um habitante local de 53 anos estava a ser acusado de "tentativa de homicídio" e de "condução sob o efeito de drogas".  

Centena de adeptos de futebol do Liverpool estavam nas ruas da cidade a celebrar a conquista da Premier League. O atropelamento feriu 65 pessoas, 47 das quais tiveram de ser hospitalizadas, incluindo quatro crianças.  

Na tarde de terça-feira onze pessoas ainda estavam internadas, apesar de a chefe-adjunta da polícia local, Jenny Sims, ter avançado que "todas estão em estado estável e a caminho de se restabelecer". A maioria dos feridos tem "lesões nos membros, mas não corre risco de vida" referiu Jay Rathore, médico do Royal Liverpool University Hospital.  

Ainda não é claro a motivação para este atropelamento, mas a polícia já rejeitou a possibilidade de ser um ato terrorista. A polícia britânica define acontecimentos como "terroristas" se estes tiverem como objetivo influenciar o governo ou intimidar o público com o propósito de "promover uma causa política, religiosa, racial ou ideológica". No contexto do incidente de segunda-feira, isto significa que a polícia teria de provar que o condutor tentou ferir as vítimas com o propósito de uma destas quatro razões. No entanto, ainda se desconhece de que crimes foi acusado.  

Também ainda não é certo como o condutor conseguiu aceder a Water Street que tinha sido cortada à passagem de automóveis, sendo apenas possível aceder a pé de forma a que o cortejo da equipa pudesse passar. A rua vai permanecer encerrada enquanto a polícia continua a investigação.  

As imagens do carro entre os fãs do Liverpool correram o mundo e levantaram questões sobre como é que foi possível o condutor entrar na rua que se encontrava com o trânsito cortado. Acredita-se que terá sido possível fazer a manobra depois das barreiras terem sido levantadas para permitir a passagem de uma ambulância.  

"Estava em vigor um plano robusto de gestão de tráfego, que incluía uma série de encerramentos de estradas de autoridades locais em todo o percurso e no centro da cidade", referiu Jenny Sims. "Isto incluía a Water Street, que estava fechada ao trânsito". 

"Acredita-se que o condutor do Ford Galaxy envolvido neste incidente conseguiu seguir uma ambulância até Water Street depois de o bloqueio ter sido temporariamente suspenso para que a equipa da ambulância pudesse assistir um membro da população que estava a ter um alegado ataque cardíaco", continuou. 

Notícia atualizada às 17h45

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