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Ataque armado mata uma pessoa e fere seis no centro de Moçambique

03 de outubro de 2019 às 17:20

As vítimas seguiam num autocarro da transportadora Naji, que fazia o troço entre as cidades da Beira, província de Sofala, e Quelimane, província da Zambézia. Pouco antes do ataque, um camião tinha sido também alvejado a tiro por desconhecidos.

Uma pessoa morreu e seis ficaram feridas, três das quais com gravidade, na sequência de um ataque armado protagonizado esta quinta-feira por desconhecidos na ponte sobre o rio Pungué, centro de Moçambique, disseram aos jornalistas autoridades locais.

Jeremias Alfândega, médico em serviço no Hospital Distrital de Gorongosa, província de Sofala, centro do país, indicou que a vítima mortal e os seis feridos foram todos levados para aquela unidade hospitalar.

As vítimas seguiam num autocarro da transportadora Naji, que fazia o troço entre as cidades da Beira, província de Sofala, e Quelimane, província da Zambézia, disseram à Lusa fontes locais.

Pouco antes do ataque, um camião tinha sido também alvejado a tiro por desconhecidos.

A região em que se registaram os dois ataques tem sido palco de incursões armadas contra veículos, desde agosto, e que já tinham provocado alguns feridos e três mortos, na totalidade, referiu Rogério Singano, comandante distrital da polícia na Gorongosa.

A zona centro de Moçambique foi historicamente palco de confrontos armados entre forças governamentais e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, até dezembro de 2016, altura em que as armas se calaram, tendo a paz sido selada num acordo subscrito em 06 de agosto último.

Permanecem na zona guerrilheiros, em número incerto, que formaram uma autoproclamada Junta Militar para contestar a liderança da Renamo e defender a renegociação do seu desarmamento e reintegração na sociedade.

O grupo de guerrilheiros já ameaçou por mais que uma vez recorrer às armas caso não seja ouvido - mas, por sua vez, também se diz perseguido por outros elementos desconhecidos.

Na terça-feira, a Polícia da República de Moçambique (PRM) disse que os ataques não estão associados a guerrilheiros dissidentes da Renamo.

"Não há nenhuma informação que ligue esses indivíduos [que praticam os ataques] à autoproclamada Junta Militar da Resistência Nacional Moçambicana", criada em junho, referiu Orlando Modumane, porta-voz da PRM em conferência de imprensa, em Maputo.

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