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Após tiroteio em Praga, polícia reforça segurança em escolas e edifícios públicos

Andreia Antunes com Leonor Riso 22 de dezembro de 2023 às 11:40

Após a tragédia, várias pessoas têm vindo a acender velas no exterior da sede da universidade, que cancelou todas as aulas e eventos.

A polícia checa reforçou a segurança em escolas e outros edifícios públicos em todo o país, após um estudante com uma arma de fogo ter matado 14 pessoas na Universidade Charles de Praga esta quinta-feira. O atirador matou 13 pessoas na universidade, além do pai, encontrado morto em casa. 

REUTERS/David W Cerny

"A partir de hoje, adotámos medidas preventivas a nível nacional em relação a alvos fáceis e escolas", declarou a polícia na rede social X (antigo Twitter). "Não temos informações sobre qualquer ameaça concreta, isto é um sinal de que estamos aqui e preparados."

Várias pessoas têm vindo a acender velas no exterior da sede da universidade, que cancelou todas as aulas e eventos esta sexta-feira, 22. Os dirigentes das universidades do país planeiam prestar uma homenagem às vítimas no final desta manhã.

O tiroteio foi considerado o pior que alguma vez ocorreu no país, tendo o Governo declarado o sábado, 23, como dia de luto nacional, com as bandeiras a meia haste e a população a cumprir um minuto de silencio às 12h.

"Gostaria de exprimir a minha grande tristeza e a minha raiva impotente perante a perda desnecessária de tantas vidas jovens", declarou o Presidente da República Checa, Petr Pavel. "Gostaria de expressar as minhas sinceras condolências a todos os familiares das vítimas, a todos os que estiveram presentes neste trágico incidente, o mais trágico da história da República Checa."

O atirador, identificado como David Kozak, era estudante na Faculdade de Letras da Universidade Charles. Matou a tiro 14 pessoas e feriu outras 25, 10 das quais com gravidade, na Universidade Charles de Praga. Antes do ataque, matou também a tiro o pai em casa, situada em Hostoun, perto de Praga.

Vit Rakkusan, ministro do Interior, disse a uma rádio do país que 13 das 14 vítimas já tinham sido identificadas, e que entre os feridos encontram-se dois cidadãos dos Emirados Árabes Unidos e um holandês.

Martin Vondrasek, presidente da polícia, afirmou que o corpo do pai do estudante tinha sido encontrado na sua casa, às 12h40. A polícia apurou que o estudante deveria estar a assistir a uma palestra na universidade às 14h, pelo que foi de imediato ordenada uma busca no edifício principal da Universidade de Letras, mas o suspeito dirigiu-se a outro edifício, onde abriu fogo.

Vários estudantes publicaram nas redes sociais fotografias das portas barricadas dentro da universidade. Outros estudantes agarraram-se às saliências estreitas do edifico, numa tentativa de fugir do atirador.

O suspeito de 24 anos, que tinha licença de porta de arma e não tinha registo criminal, foi encontrado morto no edifício da universidade, tendo cometido suicídio, confirmou a polícia checa.

Martin Vondrasek referiu que a polícia está a analisar informações, que ainda não foram verificadas, sobre a possível ligação do atirador a uma conta da rede social que citava a inspiração num tiroteio na Rússia.

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