Nuno Guerreiro, vocalista da banda 'Ala dos Namorados', morreu, esta quinta-feira, aos 52 anos.
Fonte da autarquia de Loulé adiantou ao Correio da Manhã que o cantor foi internado de urgência nos últimos dias. Ainda não são conhecidas as causas da morte.
A notícia foi avançada no Facebook pelo presidente da câmara de Loulé, Vítor Aleixo.
Nuno Guerreiro, que colaborava com o Cineteatro Louletano na área de produção, morreu no hospital São Francisco Xavier em Lisboa, onde tinha dado entrada na quarta-feira.
Nascido em Loulé, em 1972, cidade onde atualmente vivia, Nuno Guerreiro popularizou-se na década de 1990 enquanto vocalista da Ala dos Namorados, grupo responsável por temas como "Solta-se o beijo", "Fim do mundo" ou "Loucos de Lisboa".
Nuno Guerreiro mudou-se para Lisboa na adolescência, para estudar dança no Conservatório. Participou em espetáculos dos Diva e de Carlos Paredes e colaborou no primeiro álbum de Rodrigo Leão, Ave Mundi Luminar. Destacava-se o seu falsete que se tornou a imagem de marca. Em 1992 juntou-se à Ala dos Namorados, banda criada por João Gil e Manuel Paulo, e da qual fez também parte José Moz Carrapa.
Ao longo dos 30 anos de carreira, a banda editou oito álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo e uma compilação "de grandes êxitos". Em 2023 a banda regressou aos palcos com o músico João Gil e o cantor Nuno Guerreiro "ao leme" do projeto, tendo sido na mesma ocasião anunciado um regresso aos discos.
Com os músicos Olavo Bilac e Tozé Santos criou o projeto "Zeca Sempre", do qual foi editado um álbum, "O que faz falta – Zeca Afonso", que tem como subtítulo: "As mensagens intemporais de José Afonso, numa nova sonoridade", editado em 2011.
A solo editou quatro álbuns: "Carta de amor", em 1999, "Tento saber", em 2002, "Gangster mascarado", em 2011, e "Na hora certa", em 2022.
Depois de ter vivido em Lisboa e em Setúbal, o músico regressou a Loulé, onde atualmente trabalhava em direção de cena e produção no Cine-Teatro Louletano. O projeto mais recente onde estava envolvido intitulava-se Nuno Guerreiro & Mau Feitio, composto por músicos do Algarve, tendo já somado alguns concertos, nomeadamente no festival Caixa Alfama, em Lisboa, em setembro de 2024.
"Percebi que havia um talento incrível no Algarve, mas que nem sempre têm a visibilidade que merecem. Então, comecei a investigar, a conhecer músicos, a perceber o que estava a acontecer na cena musical da região. E descobri artistas absolutamente incríveis", afirmou Nuno Guerreiro em março passado, em entrevista a A Voz do Algarve.
Com Lusa