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A Garota Não anuncia disco novo. Chama-se "Ferry Gold"

Já se conhece a capa e o alinhamento do álbum, que chega às plataformas digitais "em breve". "Ferry Gold" tem 19 temas.

Gonçalo Correia 02 de maio de 2025 às 10:42
Carlos Gonçalves

Vem aí um disco novo de A Garota Não, o projeto musical da cantora e compositora portuguesa Cátia Mazari Oliveira. O álbum, anunciou nas redes sociais a artista, chama-se Ferry Gold, será apresentado pela primeira vez ao vivo este sábado, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães (bilhetes já esgotados) e as edições física e digital estão para breve.

A artista divulgou já a capa do álbum, o alinhamento - 19 temas, entre os quais A casa de Bernardo Alba, Este País não é para mães, Aurora, No train a curtir Coltrane e Fronteiras Invisíveis - e anuncia que "os CD's estarão disponíveis a partir de segunda-feira no Bandcamp ou através do e-mail encomendasgarota@gmail.com. Vinis daqui por alguns meses. Plataformas digitais em breve".

Já com dois álbuns editados, a escritora de canções setubalense estreou-se com Rua das Marimbas, em 2019. Já então, revelava pendor para uma canção autoral e posicionada, interventiva e, em alguns dos temas, ligada à atualidade social, política e laboral de Portugal e do mundo. Em 2022, lançou o segundo álbum 2 de abril, que acentuou esse pendor e em que apurou a sua escrita e interpretação, motivando elogios da crítica e interesse mais amplo do público.

Em outubro de 2023, Cátia Oliveira teve um dos momentos mais mediáticos da sua carreira até hoje, vencendo um Globo de Ouro e aproveitando o momento para declamar um poema.

Além dos dois álbuns, A Garota Não editou já canções como a recente O Peso do Meu Coração - um dueto com o músico e cantor brasileiro Castello Branco -, Diga 33, 422 e Países que Ninguém Invade, esta última um dueto com o músico e cantor brasileiro residente em Portugal Luca Argel.

Conta de Facebook de A Garota Não

Agora, chega Ferry Gold, disco que A Garota Não anuncia com o seguinte texto a acompanhar:

"Na praia que era de todos, dei muitos mergulhos voadores. Fiz exércitos de carochas da paz e comi gelados de laranja.
A areia era fina, macia e quente e na maré vazia formava milhares de poças, onde cada um brincava com a imaginação que tinha.
o resto do tempo eram cambalhotas, pinos e rodas até doer os pulsos. E depois adormecer naquele fim de tarde de sonho.
Se um dia me perguntarem por Tróia,
era sobre isto que gostaria de falar.
Em vez do incomportável preço dos bilhetes
da vaidade de quem exclui
do espaço público feito privado
das dunas protegidas por caterpillars
dos governos que adormecem sob a palmeira importada
dos condomínios de luxo
da segregação.
Há muitas outras Tróia’s no país, mas dão por outros nomes.
O novo disco chama-se Ferry Gold e entre outras coisas fala disto."

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