Tudo se passa em quatro dias. E nesses quatro dias Júlio de Almeida (Namibe, 1940) faz com que por ali passem quatro décadas da história de Angola. O tempo, as quatro décadas, surgem num formato de descompressão. Melhor, não estão comprimidas e surgem por vezes como vapor que entra na vida e na história das personagens. Os quatro dias são habitados por memórias dos que ainda cá estão, dos que já cá não estão e daqueles que encontraram uma nova vida. O autor faz questão de dizer que alguns factos são reais, outros mais ou menos e outros talvez sejam ou estão próximos de terem acontecido.