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O que Ishiguro disse para agradecer o Nobel, em edição portuguesa

Um escândalo adiou o prémio de 2018 e já o discurso de Dylan tinha sido acusado de plágio. Pelo meio, de reputação imaculada, Kazuo Ishiguro agradeceu com estilo

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Rita Bertrand 05 de junho de 2018 às 10:00

Foi com a mesma seriedade, elegância e emoção com que escreveu os romances que lhe valeram o Nobel da Literatura que o nipo-britânico Kazuo Ishiguro, especialmente conhecido porOs Despojos do Dia, o agradeceu, na cerimónia da Academia Sueca, a 7 de Dezembro de 2017. Lembrou a importância da música (que em jovem desejou seguir) na sua obra, e evocou a Segunda Guerra Mundial com uma história polaca: "Em Birkenau, numa tarde chuvosa, contemplei as ruínas das câmaras de gás - agora estranhamente degradadas e negligenciadas - deixadas praticamente no estado em que os alemães as haviam abandonado." A partir dessa história, que o levou interrogar se aquelas ruínas deveriam (ou não) ser preservadas, revelou que no futuro escreverá "sobre como um país ou comunidade se debatem entre esquecer e recordar" - no fundo, como as personagens dos seus romances. "Quando é que é melhor esquecer e seguir em frente?", questiona.

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