O concurso de concepção foi lançado pelo valor de 256 mil euros pela Direcção-Geral do Património Nacional.
As obras de recuperação da Fortaleza de Peniche estão estimadas em 3,5 milhões de euros, dos quais três milhões de euros vão ser financiados com fundos comunitários e meio milhão de euros vão ser assegurados com verbas do Orçamento do Estado para 2018.
Em Abril de 2017, o Governo aprovou em Conselho de Ministros um plano de recuperação da Fortaleza de Peniche para instalar na antiga prisão do Estado Novo um museu nacional dedicado à luta pela liberdade e pela democracia.
Em Setembro, os ministérios das Finanças e da Cultura determinaram transferir a Fortaleza de Peniche para a DGPC.
"A Fortaleza de Peniche vê assim reconhecido o seu papel enquanto símbolo de resistência, de luta pela liberdade, de solidariedade e de cultura, transmitindo às novas gerações os valores da democracia, estando indissociavelmente ligada à memória de todos aqueles que lutaram heroicamente contra a repressão do Estado Novo", sublinha o Governo numa portaria publicada.
Em Setembro de 2016, a Fortaleza de Peniche foi integrada pelo Governo na lista de monumentos históricos a concessionar a privados, no âmbito do programa Revive, mas passados dois meses foi retirada pela polémica suscitada.
Em Abril de 2017, a Assembleia da República defendeu em plenário, da esquerda à direita, a requalificação e a preservação da sua memória histórica enquanto ex-prisão política da Ditadura.
A fortaleza, classificada como Monumento Nacional desde 1938, foi uma das prisões do Estado Novo de onde se conseguiu evadir, entre outros, o histórico secretário-geral do PCP Álvaro Cunhal, em 1960, protagonizando um dos episódios mais marcantes do combate ao regime ditatorial.