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Crítica de cinema: Um Mulher Doce

"Loznitsa nunca lhes dá nome porque esta não é uma história individual; é o retrato de um país onde o sofrimento enforma a identidade colectiva!", escreve Tiago R. Santos

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Tiago Santos 15 de junho de 2018 às 17:27

Uma Mulher Docecomeça no inferno e acaba num pesadelo. Sergei Loznitsa, o realizador ucraniano que Putin acusa de fazer filmes "anti-Rússia", confessa inspirar-se em Dostoiévski mas há muito de kafkiano nesta história simples de uma mulher a quem devolvem uma encomenda que a própria enviou para o marido condenado por homicídio. A fotografia de Oleg Mutu é magnífica, mas é a viagem deUma Mulher Docepor um universo de polícias cruéis, aspirantes a bandidos, burocratas e todas as espécies de desesperados, que deixa uma profunda marca. Loznitsa nunca lhes dá nome porque esta não é uma história individual; é o retrato de um país onde o sofrimento enforma a identidade colectiva.

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