A épica sobremesa portuguesa chegou ao Masterchef Austrália
11 de fevereiro de 2016 às 12:00Marco Alves
Leia a crítica de "O Amante de Um Dia", filme de Philipe Garrel
Nunca fui fã de Philippe Garrel. Com uma carreira nas longas-metragens iniciada cerca de uma década após a eclosão da Nouvelle Vague, os seus trabalhos sacrificam alguma legibilidade dramatúrgica para se concentrarem na busca obsessiva pelo âmago espiritual que a dor e a ânsia de afecto suscitam nos amantes. É um processo tão legítimo como qualquer outro e, quando resulta, no seu experimentalismo (La Cicatrice Intérieure, 1972) ou no retrato da voragem sentimental (O Coração Fantasma, 1996), há motivos para ver e seguir. A maior parte das vezes, a poética dá lugar a um falso naturalismo que resulta solene (Os Amantes Regulares, 2005).