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Filme de Terry Gilliams é ainda incógnita em Cannes

A decisão judicial sobre o filme O Homem que Matou D. Quixote foi remarcada para esta quarta-feira. Advogados do realizador e de Paulo Branco já foram ouvidos.

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Edição de 5 a 11 de agosto
07 de maio de 2018 às 16:34

O Festival de Cinema de Cannes começa na terça-feira, sem saber se contará com "O homem que matou D. Quixote", de Terry Gilliam, porque a decisão judicial sobre a exibição do filme foi remarcada para quarta-feira.

O produtor português Paulo Branco interpôs uma acção judicial contra o festival francês para impedir a estreia mundial do filme no encerramento, no dia 19, e hoje o Tribunal de Paris deveria ter-se pronunciado, mas a decisão foi remarcada, por decisão do juiz, para quarta-feira.

Contactado pela agência Lusa, o produtor Paulo Branco confirmou que a decisão só será conhecida na quarta-feira, e que acção judicial diz respeito apenas à exibição do filme em Cannes.

Segundo a agência France Presse, na audiência de hoje, que durou cerca de três horas, estiveram presentes os advogados de Paulo Branco, de Terry Gilliam e da direcção do festival.

"O homem que matou D. Quixote", uma adaptação livre do romance de Cervantes, está no centro de uma disputa legal que opõe o realizador Terry Gilliam e o produtor Paulo Branco, com efeitos colaterais agora para o festival de Cannes.

O projecto chegou a contar com produção de Paulo Branco, mas Terry Gilliam acabou por não concretizar a parceria, alegadamente por problemas de financiamento, procurando outros produtores.

Terry Gilliam pediu a anulação do contrato de produção com a produtora Alfama Films, de Paulo Branco, mas, no ano passado, o Tribunal de Grande Instância de Paris declarou que aquele continua válido, porém sem impedimentos para que cineasta prosseguisse a rodagem.

No filme, um projecto antigo de Terry Gilliam que sofreu vários percalços nos últimos anos, entram actores como Jonathan Pryce, Adam Driver, a actriz portuguesa Joana Ribeiro, Olga Kurylenko e Stellan Skarsgard, e a rodagem ocorreu em Portugal e em Espanha.

Para Junho está marcado em Paris o anúncio da sentença sobre a possível indemnização do cineasta a Paulo Branco, por causa de direitos sobre o filme.

Em França, a propósito da inclusão do filme em Cannes, está prevista já uma estreia comercial.

Em Portugal não há ainda data de estreia definida.

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