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Entrevista
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Isabela Figueiredo: “Os portugueses aceitam ser tratados como crianças”

Isabela Figueiredo: “Os portugueses aceitam ser tratados como crianças”
Vanda Marques 25 de setembro de 2021 às 18:00

Apesar de discordar da ideia de destruir monumentos, a escritora, de 58 anos, defende que Portugal tem de pedir desculpas pelo passado de opressor. Está a preparar novo livro e foi nomeada para o Femina.

Biografia Nome:

Isabela Figueiredo

Cargo:

Escritora

Nascimento:

58 anos

Viver sozinha dá-lhe o tempo para observar o mundo. “As pessoas que vivem sozinhas com os animais pensam durante muitas horas e observam muito. Sou curiosa.” Além disso, explica que não está aqui para agradar ninguém, nem para ficar caladinha. Isabela Figueiredo, escritora que acaba de ser nomeada para o Femina Estrangeiro – prémio francês que já distinguiu autores como Amos Oz, Julian Barnes ou Ian McEwan –, com o romance Caderno de Memórias Coloniais [2009], acusa os portugueses de serem demasiado obedientes. Com três livros publicados, prepara-se para terminar o próximo, que será sobre animais e trabalho. “São assuntos muito importantes para mim.” Escolhe sempre temas difíceis, como o colonialismo – que retrata não apenas a época dourada, mas também a opressora – ou a vida dos gordos, que são sempre discriminados. “Eu sentia-me negra.”

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