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Número de empresas portuguesas que usam IA sobe para 11% face a 2024

Lusa 21 de novembro de 2025 às 12:35

As maiores percentagens de utilização deste tipo de tecnologia verificam-se na informação e comunicação (52,8%), nos outros serviços (19,4%) e nos transportes e armazenagem (14,8%).

Cerca de 11% das empresas portuguesas utilizam tecnologias de Inteligência Artificial (IA), o que corresponde a um aumento de 2,9 pontos face a 2024, de acordo com os dados no Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira.
ChatGPT Atlas DR
Segundo o INE, a adoção de IA aumenta com o escalão de pessoal ao serviço, uma vez que 49,1% das empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço recorrem a estas tecnologias, seguidas das empresas com 50 a 249 pessoas (18,2%) e, por último, das empresas com 10 a 49 pessoas ao serviço (9,4%), o que corresponde a aumentos de 7,2, 2,8 e 2,7 pontos face a 2024, respetivamente. Entre estas empresas, a aplicação mais comum é a análise de linguagem escrita, utilizada por 59,4%, seguindo-se a geração de imagens, vídeos, som/áudio (50,9%) e a geração de linguagem escrita, falada ou de códigos de programação (45,6%). Por setor de atividade, as maiores percentagens de utilização deste tipo de tecnologia verificam-se na informação e comunicação (52,8%), nos outros serviços (19,4%) e nos transportes e armazenagem (14,8%). Em contrapartida, o setor da construção e atividades imobiliárias regista a menor proporção (5,5%), embora todos os setores apresentem acréscimos face a 2024, destacando-se o setor dos transportes e armazenagem (+9,9). Entre as empresas que não utilizam tecnologias de IA, 12,3% ponderam vir a adotá-las (+2,8 face a 2024). As principais razões apontadas para a não utilização incluem a falta de conhecimentos adequados na empresa (74,4%), os custos parecerem demasiado elevados (60,4%), a falta de clareza sobre as consequências legais, nomeadamente no que respeita à responsabilidade em caso de danos causados pelo uso de IA (57,3%), e preocupações relativas à violação da proteção de dados e da privacidade (55,4%). Além disso, este ano, 98,8% das empresas têm acesso à internet (fixa e móvel) para fins profissionais, correspondendo a um aumento de 0,8 pontos face a 2024, com destaque para os setores dos transportes e armazenagem (100,0%) e do comércio (99,8%) enquanto o alojamento e restauração apresenta a menor percentagem (95,8%). Nas empresas com acesso à internet, 51,1% das pessoas ao serviço dispõem de acesso para fins profissionais (+0,6 pontos que em 2024), sendo que o setor da informação e comunicação continua a registar a maior proporção (93,7%), enquanto a construção e atividades imobiliárias mantém a menor (34,2%). Em 2025, 62,9% das empresas têm website próprio ou do grupo económico a que pertencem (+0,5 pontos face ao ano 2023), sendo que 77,3% destas empresas disponibilizam a descrição dos bens ou serviços e/ou listas de preços, e 49,9% disponibilizam conteúdo em pelo menos duas línguas. Apenas 13,5% das empresas com website disponibilizam o acompanhamento 'online' das encomendas. Em 2024, as vendas de bens e/ou serviços através do comércio eletrónico representaram 20,6% do total do volume de negócios das empresas em Portugal, o que corresponde a um acréscimo de 1,1 pontos em relação a 2023. O valor total das vendas atingiu cerca de 83,9 mil milhões de euros, traduzindo um aumento de 9,8% face ao ano anterior, embora Portugal tenha registado proporções inferiores às da União Europeia (UE) neste indicador em 2020 e 2021, passando a superar a média da UE em 2022 e 2023.
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