Lesados do BES dizem ter recebido apoio do Presidente
Associação Movimento dos Emigrantes Lesados Portugueses conseguiu falar com o Presidente da República e com o primeiro-ministro, em Paris, tal como tinham divulgado à SÁBADO ser a sua intenção
Representantes dos emigrantes lesados do BES encontraram-se, esta sexta-feira, em Paris, com o Presidente da República que lhes "reiterou o apoio", revelou à Lusa Helena Batista, vice-presidente da Associação Movimento dos Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP).
"Encontrámo-nos com o presidente no Hôtel de Ville, no final dos discursos. Não foi uma reunião privada. Ele reiterou o apoio e disse que o nosso caso tinha de ser resolvido. Foram uns cinco minutos", explicou Helena Batista no final da cerimónia do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas que decorreu na Câmara Municipal de Paris.
A vice-presidente da AMELP indicou que também falou com o primeiro-ministro que "tentou explicar porque as coisas ainda não tinham avançado, mas não se comprometeu com nada ali", tendo os representantes dos lesados pedido para serem recebidos pelo Presidente da República em Portugal.
Na quinta-feira, em entrevista à SÁBADO, Helena Baptista já tinha assumido que a associação pretendia falar com os Chefe de Estado e de Governo. "Vamos tentar aproximarmo-nos [de Marcelo e António Costa], mas não sabemos se será possível", assumiu Helena Baptista, acrescentando: "Queremos que o poder político nos oiça, que percebam a importância desde momento que vai ficar marcado como uma página negra da história da emigração".
Esta tarde, cerca de 80 manifestantes, de acordo com a polícia, 150 segundo a organização, concentraram-se junto à Embaixada de Portugal em Paris para reclamar o reembolso das suas poupanças, entoando as palavras "justiça" e "o povo unido jamais será vencido" e cantando também a "Grândola Vila Morena". À SÁBADO, a AMELP já confirmara a realização da manifestação, apesar da mudança de horários ditada pelas autoridades francesas.
Vários emigrantes lesados do BES vão deslocar-se este sábado a Champigny para continuar o protesto aquando da inauguração pelo Presidente da República e pelo primeiro-ministro de um monumento ao antigo autarca Louis Talamoni que ajudou os portugueses que viviam nos bairros de lata nos anos 60 e 70.
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