Kamila Valieva: do sonho às lágrimas nos Olímpicos de Inverno
Patinadora russa de 15 anos terminou esta quinta-feira em quarto lugar na prova individual de patinagem no gelo. Começou a alcançar um feito histórico e pelo meio teve de suportar um escândalo de doping.
Kamila Valieva a adolescente russa chegou aos Jogos Olímpicos como a grande estrela da patinagem artística. Começou por alcançar a medalha de ouro por equipas, que conseguiu com um feito inédito: ser a primeira mulher a conseguir fazer um salto quádruplo. Depois seguiu-se um caso dedoping e, esta quinta-feira, acabou em lágrimas depois de vários erros no seu programa livre.
A chegada ao ringue aconteceu com a adolescente russa em primeiro lugar no programa curto, tinha apenas de conseguir manter a distância para sua colega de equipa, Anna Shcherbakova. Mas o que se viu ao longo de quatro minutos, foi uma Kamila, de 15 anos, incapaz de aguentar a pressão. Tropeçou, caiu duas vezes e acabou a prova lavada em lágrimas. Alcançou um quinto lugar, que lhe deu um quatro lugar na classificação geral, longe das medalhas.
Antes de entrar em prova, Kamila teve de lidar com um escândalo de doping - acusou uma substância proibida, num controlo feito na Rússia a 25 de dezembro. O Comité Olímpico começou por decretar que a patinadora já não poderia competir, mas o Tribunal Arbitral do Desporto apontou para "as circunstâncias excecionais", ou seja, a sua idade e atimingem que foi conhecido o resultado do teste (já durante o Jogos). Considerou que o seu afastamento da competição ia provocar "danos irreparáveis".
Mas muitos ex-atletas e especialistas garantem que o que se viu esta tarde também não contribuiu para evitar danos em Kamila Valieva. Uma delas foi a ex-patinadora olímpica norte-americana Polina Edmunds: "Muito traumatizante esta experiência olímpica para Kamila Valieva. Não devia ter sido permitido que ela competisse, é devastador que ela tenha sido colocada neste situação", escreveu no Twitter.
Apesar dos momentos difíceis, Valieva contou na arena com o apoio da delegação russa, que não deixou de aplaudir no final da prova. Mas, ainda assim não conseguiram impedir que a atleta acabasse a presença nos Olímpicos de inverno em lágrimas.
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