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Atleta olímpica Rebecca Cheptegei morre após ser incendiada com gasolina pelo namorado

Luana Augusto 05 de setembro de 2024 às 10:33

Dickson Ndiema Marangach terá invadido a casa da namorada e esperado que Rebecca Cheptegei e os seus filhos regressassem da missa, por volta das 14h, para a agredir. Terreno pode ter estado na origem da discussão que originou ataque.

A maratonista ugandesa Rebecca Cheptegei, que competiu em agosto nos Jogos Olímpicos de 2024, morreu esta quinta-feira (5), quatro dias depois de ter sido encharcada em gasolina e incendiada pelo namorado – o atleta queniano Dickson Ndiema Marangach. A vítima tinha apenas 33 anos. 

REUTERS/Dylan Martinez/File Photo

Rebecca Cheptegei estava a receber tratamento no Hospital Universitário Moi, na cidade de Eldoret, Quénia, devido a queimaduras que atingiram 75% do seu corpo, segundo a polícia. O porta-voz, Owen Menach, acabou por confirmar a sua morte esta quinta-feira. 

A notícia foi também avançada pelo presidente do Comité Olímpico, através de uma publicação na rede social X, onde criticou a violência contra as mulheres.

"Soubemos do triste falecimento de nossa atleta olímpica Rebecca Cheptegei OLY após um ataque cruel do seu namorado. Que a sua alma gentil descanse em paz e condenamos veementemente a violência contra as mulheres. Este foi um ato cobarde e insensato que levou à perda de uma grande atleta. Seu legado continuará a perdurar", escreveu Donald Rukare. 

Dickson Ndiema Marangach permanece internado no hospital do Quénia, devido a queimaduras que atingiram 30% do seu corpo, acrescentou o diretor da instiruição, Owen Menach. O alegado agressor terá invadido a casa da namorada e esperado que Rebecca Cheptegei e os seus filhos regressassem da missa, por volta das 14h, para a agredir, tendo as chamas também acabado por o atingir. 

"O casal foi ouvido a discutir do lado de fora da sua casa. Durante a discussão, o namorado foi visto a derramar um líquido na mulher antes de a queimar", disse na segunda-feira o comandante da polícia do condado de Trans Nzoia, Jeremiah ole Kosiom, ao jornal queniano Standard. "O suspeito também foi atingido pelo fogo e sofreu queimaduras graves."  

Os pais da vítima disseram que a filha havia comprado um terreno na Trans Nzoia, para ficar perto dos muitos centros de treino atlético da cidade, estando provavelmente este assunto na origem da discussão e do ataque. Um relatório apresentado pelas autoridades locais, afirma que a atleta e o namorado foram ouvidos a discutir pelo terreno, onde a casa foi construída antes do início do incêndio. A polícia apurou ainda, durante entrevistas aos familiares, amigos e vizinhos do casal, que as discussões entre Rebecca e Dickson eram constantes. 

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