Secções
Entrar

Covid-19: Agência britânica do medicamento autoriza uso de Remdesivir

26 de maio de 2020 às 14:21

Resultados iniciais sugeriram que pode acelerar o tempo de recuperação das pessoas infetadas com o novo coronavírus.

A agência britânica do medicamento autorizou o uso de uma droga experimental, Remdesivir, para doentes comcovid-19, numa tentativa de reduzir o tempo que alguns pacientes passam no hospital.

Ensaios clínicos estão a testar o antiviral para determinar se é ou não eficiente, mas os resultados iniciais sugeriram que pode acelerar o tempo de recuperação das pessoas infetadas com o novo coronavírus.

Num comunicado emitido hoje, a Agência Reguladora da Saúde e dos Medicamentos do Reino Unido informou que poderá apoiar o uso de Remdesivir, produzido pela Gilead, para tratar adultos e adolescentes hospitalizados com sintomas severos de covid-19.

"Estamos comprometidos em assegurar que os pacientes possam ter acesso rápido a tratamentos promissores de covid-19", disse June Raine, diretor executivo da agência.

O Remdesivir vai ser fornecido gratuitamente aos pacientes pela Gilead e será dirigido a doentes com "elevadas necessidades de cuidados clínicos", sob supervisão médica.

Um estudo no mês passado com mais mil pessoas severamente atingidas pelo coronavírus revelou que os que receberam a substância tiveram alta hospitalar vários dias antes do que os pacientes que receberam um placebo.

O antiviral Remdesivir é eficaz contra a covid-19 caso seja administrado antes de os pacientes necessitarem de ventilação mecânica, indicou na segunda-feira um ensaio internacional com este medicamento, coordenado pelo Hospital Can Ruti, em Badalona, Barcelona, Espanha.

Segundo um comunicado divulgado pelo Instituto Catalão de Saúde foi o Hospital Germans Trias, também conhecido como Can Ruti, que coordenou o estudo em Espanha.

O `New England Journal of Medicine´ publicou os resultados do estudo internacional com este medicamento, que, de acordo com os investigadores, reduziu em 31% o tempo de hospitalização dos pacientes com covid-19.

Os resultados do estudo realizado com o antiviral Remdesivir indicam que este medicamento é mais eficaz se for administrado a pacientes com pneumonia que apresentam falta de oxigénio, mas que ainda não necessitam de ventilação mecânica.

Apoiado pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (IAID), o ensaio internacional teve a participação de 68 centros hospitalares, dos quais 47 são dos Estados Unidos e 21 da Europa e Ásia.

Os dados preliminares do estudo foram divulgados em 29 de abril, quando os cientistas verificaram que o uso do Remdesivir, um antiviral de uso hospitalar inicialmente projetado contra o Ébola, trazia benefícios claros para os pacientes, pelo que consideraram que era antiético não avançar com a experiência.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 344.000 mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Portugal contabiliza 1.342 mortos associados à covid-19 em 31.007 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela