Mãe negou negligência e não quis abdicar do filho

Por Correio da Manhã

Chegou ao funeral protegida pela PSP. Maria da Conceição, que responde por maus-tratos e abandono do filho menor - João Maria, de sete anos, morreu no sábado, depois de cair da janela do terceiro andar, na Guarda -, tinha sido libertada pelo juiz menos de 24 horas antes.

Esperava-se um momento de tensão com os restantes familiares, mas os insultos ouvidos à porta do tribunal não se repetiram. Maria da Conceição chegou já a missa tinha começado e abandonou o funeral antes do caixão descer à terra.

No processo-crime onde tinha sido suspeita de maus-tratos, Maria da Conceição recusou abdicar do filho. E negou todas as acusações feitas pela tia do menino, que falava já em abandonos sucessivos, em consumo excessivo de álcool e mesmo em agressões frequentes.

João Maria estava também a ser acompanhado desde os quatro anos no hospital da Guarda. O menino era hiperativo e devia ser sujeito a um acompanhamento muito próximo.

Além de Maria da Conceição, também a namorada do irmão do menino, que o tinha a seu cargo, esteve no funeral. Não foi acompanhada pela polícia, mas também não se registou qualquer incidente.

PORMENORES 
Centenas no adeus
O corpo do menino de sete anos foi transportado ao cemitério novo da cidade onde foi sepultado. Centenas de pessoas no último adeus.

Autópsia confirma
A autópsia confirma que o menino morreu da queda de cerca de dez metros. Terá caído de cabeça e teve morte imediata. Só foi encontrado horas depois.

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