O ritmo de crescimento das despesas com pessoal decresceu 0,2 pontos percentuais, num mês em que o Estado teve de processar o subsídio de Natal dos funcionários públicos. Emanuel dos Santos, secretário de Estado do Orçamento, explicou à Lusa que já se fazem notar os resultados do congelamento das admissões e acrescentou que ainda nesta altura muitos funcionários procuram a reforma. "Há aqui dois efeitos principais. Por um lado, a contenção de admissões, o congelamento de entradas, não aumenta o número de funcionários, como há muitos funcionários a pedir a reforma actualmente temos aqui um saldo em favor da redução do número de funcionários", afirmou Emanuel dos Santos (na foto). O governante explica ainda que existe outro factor a pesar nestas contas, que é a inexistência de aumentos salariais para a generalidade dos funcionários públicos. "Por outro lado, os salários não foram actualizados em 2010, portanto não temos um aumento da tabela salarial em 2010. O pequeno aumento que temos reflecte outros efeitos", afirmou. O aumento referido nas despesas, explica o governante, deve-se sobretudo a promoções que ainda existiram, como é o caso das forças de segurança, das forças armadas e dos professores, que foi decidido ainda em 2009. Este aumento é verificável, explica o governante, olhando para as despesas dos Ministérios que tutelam estes trabalhadores, casos do Ministério da Defesa, do Ministério da Educação e do Ministério da Administração Interna.