Atentados de Teerão aumentam ódio contra os EUA
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, responsabilizou os Estados Unidos e a Arábia Saudita de estarem por trás dos atentados de Teerão
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, disse hoje que os atentados de Teerão "aumentaram o ódio" contra os Estados Unidos e a Arábia Saudita que acusa de envolvimento nos ataques armados.
"O resultado final destes actos [atentados] é o aumento do ódio contra os governos dos Estados Unidos, e os agentes que tem na região, entre eles os sauditas", sublinha a mensagem de Ali Khamenei.
O líder iraniano disse que os atentados de quarta-feira contra o Parlamento e o mausoléu doayatollah Khomeni e que causaram 17 mortos e, pelo menos, 50 feridos, são uma "demonstração clara do ódio e da hostilidade maligna dos vassalos e da arrogância mundial" contra o povo do Irão, referindo-se especificamente aos Estados Unidos.
Os ataques, acrescentou, são um sinal da hostilidade contra tudo o que está relacionado com a revolução e a república islâmica e oayatollah Khomeni.
Ali Khamenei transmitiu hoje condolências às vítimas e disse que ia rezar pela recuperação dos feridos, destacando que o "povo iraniano vai continuar unido".
Os atentados de quarta-feira foram as primeiras acções armadas do grupo Estado Islâmico no Irão, apesar das ameaças que já tinham sido dirigidas contra o país de maioria xiita.
Os Guardas da Revolução do Irão foram os primeiros a acusar Washington e Riade de envolvimento nos ataques prometendo uma resposta "devastadora" a qualquer plano "terrorista".
O general Hossein Salami, subcomandante dos Guardas da Revolução afirmou que os ataques fizeram parte de um "plano político que tem a assinatura" dos Estados Unidos, Israel e Arábia Saudita para minar o "poder" do Irão.
"As metódicas operações tácticas dos combatentes iranianas vão transformar os locais atacados na tumba dos agressores", disse Hossein Salami em declarações que foram divulgadas nos meios de comunicação social de Teerão.
O general avisou que a reacção dos Guardas da Revolução perante novos ataques vai ser "mil vezes maior" do que a que se verificou na quarta-feira, quando "todos os terroristas acabaram mortos".
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