Jerónimo Martins vai recorrer de multa de 24,7 milhões de euros imposta pelo regulador polaco
Empresa portuguesa foi punida devido a uma campanha promocional.
Empresa portuguesa foi punida devido a uma campanha promocional.
Em causa está uma campanha com vouchers de desconto que decorreu no ano passado. O gabinete de defesa dos consumidores polaco considera que a empresa detida pela Jerónimo Martins "enganou os clientes".
O grupo que detém o Pingo Doce impôs descontos "arbitrários" a mais de 200 fornecedores dos supermercados Biedronka, sobretudo de frutas e legumes. O regulador polaco fala em “profunda desonestidade e desrespeito” por outros agentes económicos.
O lucro da Jerónimo Martins caiu 36,2% no primeiro semestre, face a igual período de 2019, para 104 milhões de euros.
O regulador da concorrência polaco avançou com uma multa de 26 milhões de euros (115 milhões de zlotys) por praticar preços diferentes dos expostos nas prateleiras.
"Tivemos muitos sinais de todo o país sobre irregularidades no fornecimento de preços nas cadeia de lojas Biedronka. Foram relatados pelos consumidores e pelas inspeções", refere o presidente da UOKiKm Marek Niechchial.
Concorrência da Polónia abriu uma investigação à Biedronka, retalhista polaca da Jerónimo Martins, por suspeitas de práticas desleais de negociação
Em causa estão as cinco lojas da cadeia Piotr i Pawel que a Jerónimo Martins comprou através da Biedronka. A dona do Pingo Doce garante que pela sua dimensão a aquisição não está sujeita a autorização prévia.
O Bank Millennium tem de pagar uma coima de 20 milhões de zlotys na Polónia, segundo decidiu o regulador da concorrência UOKIK. A instituição financeira ainda pode recorrer.
A compra de 11 lojas da Marcpol na Polónia, autorizada no final da semana passada pela autoridade da concorrência do país, insere-se no plano de expansão da Biedronka que tem nas 3.000 unidades uma meta para 2015.