O ex-presidente do BES e o primo Manuel Fernando Espírito Santo Silva terão lesado o Estado em cerca de 5,5 milhões de euros.
Empresa ES Resources diz ter sido acusada sem nunca ter sido constituída arguida ou notificada da acusação. Mas foi, em junho de 2020. Só que através de um administrador, Manuel Fernando Espírito Santo, que tinha renunciado aos cargos há quatro anos.
Ministério Público investiga esquema da Tranquilidade e Europ Assistance para pagar um milhão de euros/ano a Ricardo Salgado, António Ricciardi, Manuel Fernando Espírito Santo, Mosqueira do Amaral e José Manuel Espírito Santo.
A CMVM decidiu acusar oito antigos gestores do BES pelo facto de terem dado informação "não verdadeira" aos clientes do banco que investiram em papel comercial da ESI e da Rio Forte, avança a Sábado. Ricardo Salgado e José Maria Ricciardi arriscam coimas de cinco milhões cada.
O contabilista atribuiu as culpas a Ricardo Salgado porque a família Espírito Santo não cedeu à chantagem financeira que Francisco Machado da Cruz tentou fazer, acusa o antigo líder do BES. Na sua defesa, Salgado diz que a acusação do Banco de Portugal resulta da "fé em actos de chantagem e da falta de imparcialidade".
Os pedidos de financiamento da ESI por parte da Rioforte "vinham através de Manuel Fernando Espírito Santo e de José Castela", revelou Gonçalo Cadete, no comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES. O antigo administrador financeiro da Rioforte explicou que tinha "uma relação frequente com a equipa financeira das holdings de controlo".
O líder do segundo ramo mais importante da família Espírito Santo também aderiu ao regime especial de regularização tributária (RERT) para trazer dinheiro do exterior. Mas não disse em que montantes. "Foi uma boa medida para Portugal", pelo dinheiro que fez regressar ao país, defendeu.
Manuel Fernando Espírito Santo desmente José Maria Ricciardi.
Na audição a Manuel Fernando Espírito Santo, o socialista revelou a estratégia a todos os colegas na comissão de inquérito ao caso BES
Na audição a Manuel Fernando Espírito Santo, o socialista revelou a estratégia a todos os colegas na comissão de inquérito ao caso BES
Ricardo Salgado explicou ao conselho superior do GES ter recebido uma "liberalidade" do construtor José Guilherme devido a "assessoria" prestada. O então banqueiro manteve-se no banco. Mesmo que a operação não fosse "normal".
Deputados consideram respostas de Manuel Fernando Espírito Santo pouco esclarecedoras.
Foi no conselho superior em que Ricciardi questionou a liderança de Salgado que o conselho superior do Grupo Espírito Santo teve a primeira discussão aberta, segundo um dos seus membros.
Manuel Fernando Espírito Santo afirma que confiava na gestão de Ricardo Salgado.
Manuel Fernando Espírito Santo Silva, ex-administrador do BES e ex-presidente não executivo da Rioforte, está a ser ouvido no Parlamento
Manuel Fernando Espírito Santo, da liderança do ramo não financeiro do GES, confirmou que havia interessados nos hotéis Tivoli. Contudo, neste momento, a decisão já não é da empresa, que está em insolvência.
