
Greve dos médicos ronda os 70% de adesão
A Fnam iniciou uma greve geral de dois dias, bem como uma paralisação ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários até 31 de agosto, acusando a tutela de "intransigência e inflexibilidade".
A Fnam iniciou uma greve geral de dois dias, bem como uma paralisação ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários até 31 de agosto, acusando a tutela de "intransigência e inflexibilidade".
Daniel Cardoso tem 24 anos, é médico interno – dos mais novos – e não hesita em dar a cara pela luta. Defende a paralisação desta semana, nos dias 23 e 24. Para o ano sabe que será a doer, com maior carga horária no hospital, longos turnos nas urgências e baixos salários.
"Temos blocos operatórios encerrados de norte a sul do país", disse Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos.
O sindicato vai manter a greve dos médicos marcada para 9 e 10 de agosto nos hospitais e centros de saúde da região Centro.
A norte do País, a atual adesão é descrita pelo Sindicato Independente dos Médicos como "elevadíssima".
"A adesão é elevada, mas durante a noite assegurámos os serviços mínimos. Os médicos estão revoltados e querem seriedade", declarou a presidente da associação sindical.
"Nós não podemos confundir a árvore com a floresta", frisou Miguel Guimarães. "Deve ter sido uma coincidência, estranha, mas se calhar feliz para alguém."
Houve quem cancelasse a sessão de hemodiálise, mas outras pessoas foram atendidas: “O meu médico é um espetáculo”.
A greve nacional dos médicos regista uma adesão superior a 70%, havendo unidades de saúde que chegam aos 100%.
Segundo Miguel Guimarães, a greve dos médicos pretende defender, em primeiro lugar, os doentes, a qualidade da medicina em segundo, relegando para terceiro lugar a defesa dos "direitos imprescindíveis" dos médicos.
Dez perguntas e respostas que explicam a greve dos médicos e enfermeiros convocada para esta semana. Serviços mínimos foram decretados.
Entre terça e sexta os enfermeiros vão estar em greve. Já a greve dos médicos começa na terça-feira e termina na madrugada de quinta.
Sindicatos destacam registo de números ?bastante melhores?.
Sindicatos acusam o Governo de "inqualificável insensibilidade".
Os sindicatos médicos vão apresentar uma queixa no Ministério do Trabalho por causa de uma contratação feita pelo Instituto de Medicina Legal de Lisboa no primeiro dia de greve dos médicos.
Paralisação de três dias começou esta terça-feira e está a causar transtornos nos principais hospitais do país.