De Lisboa aos Urais ou a III Guerra Mundial
Se Estocolmo e Helsínquia derem o passo no sentido de uma adesão formal à Aliança Atlântica, este poderá ser o elemento iniciador de uma nova realidade internacional.
Se Estocolmo e Helsínquia derem o passo no sentido de uma adesão formal à Aliança Atlântica, este poderá ser o elemento iniciador de uma nova realidade internacional.
Este nosso sectarismo mediático de indignação à la carte é, em abono da verdade, triste. Porque não deveríamos valorizar ou quantificar a perda de uma vida humana em função da geografia onde esta ocorre, mas, ao invés disso, devido ao seu valor intrínseco e único.
A glória doméstica será, possivelmente, a única coisa a que Macron se poderá agarrar, depois de uma série de fracassos em toda a linha na frente externa.
Passei horas intermináveis à volta de um jogo chamado "O ditador", que nos colocava na pele de um Presidente de um país imaginário, que tínhamos de gerir, tomando decisões que nos davam popularidade perante setores da população em detrimento de outros.
Vizinhos e ideologicamente concorrentes durante a Guerra Fria, China e URSS disputaram a liderança da influência ideológica nos países do chamado Terceiro Mundo.
Metade do orçamento de Moscovo advêm das receitas obtidas através da venda do gás e do petróleo. Por isso, nada mais lógico do que fechar essa torneira de recursos à Rússia para os obrigar a negociar uma retirada da Ucrânia e o pagamento de sanções de guerra.
Ao apoiar militarmente a Ucrânia, a Alemanha saltou para a linha da frente e assumiu a liderança na segurança europeia, numa histórica decisão que coloca Berlim em rota de colisão com Moscovo, após décadas de submissão e apaziguamento em nome do status quo herdado da II Guerra Mundial.
Há quem diga que o jogo recomeçou. Eu diria que nunca parou. E nunca esteve tão perigoso.