Sábado – Pense por si

Francisco Mota Ferreira
Francisco Mota Ferreira
04 de março de 2022 às 20:00

A caixa de Pandora de Olaf Scholz

Ao apoiar militarmente a Ucrânia, a Alemanha saltou para a linha da frente e assumiu a liderança na segurança europeia, numa histórica decisão que coloca Berlim em rota de colisão com Moscovo, após décadas de submissão e apaziguamento em nome do status quo herdado da II Guerra Mundial.

Por estes dias, Berlim anunciou que iria prestar auxílio militar à Ucrânia, com envio de material de guerra e armamento com capacidade letal, no caso 1.000 armas antitanques e 500 mísseis terra-ar Stinger e ainda 14 veículos blindados e até 10.000 toneladas de combustível para as Forças Armadas de Kiev.  Poder-se-á argumentar que não há nada de estanho neste dado, até porque é capacidade de qualquer Estado soberano auxiliar, da forma que melhor entenda, outros Estados da cena internacional. Seria tudo verdade se não estivéssemos a falar, naturalmente, da Alemanha que vive, ainda nos dias de hoje, limitada na sua soberania plena, 77 anos após a II Guerra Mundial.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais